Em rio não se pode entrar duas vezes no mesmo, disse Heráclito. Esse é o mote que embala as páginas da novela O RIO DE HERÁCLITO de Sérgio Schaefer, livro que acaba de ser lançado pela Editora Revolução Cultural.
O filho de um fazendeiro desiste da vida campeira, arrebanha um diploma de filosofia e torna-se professor desse saber que teve seu desenrolar grego a partir dos pré-socráticos. Apenas formado, casa com uma professorinha de matemática de nome Sofia. É então que a vida dos dois começa a balançar ao ritmo da dialética do rio de Heráclito.
Segundo o sábio Heráclito, as mudanças parecem ser o fluir impetuoso, ondulante e interminável de um rio. As águas que correm podem desparadigmatizar qualquer coisa. Inclusive, casamentos.
De fato, Heráclito está bem satisfeito: aquele casamento acaba e o professor de filosofia encaminha sua vida para uma síntese, que tem o nome Filomena, uma colega do departamento de psicologia da universidade.
Nosso mundo sublunar é feito de constantes mudanças. Per omnia saecula saeculorum et sacco saccorum.